Chegava a hora do Helloween tomar conta, e começaram com uma introdução curiosa, onde em certo momento pôde se ouvir até o glorioso "Happy, happy, Halloween!!".. E logo veio a introdução no teclado de Are You Metal?, levando o público ao delírio, e em seguida a banda já entrou executando as primeiras notas.. Depois veio Andi Deris, cantando os primeiros versos, dessa que é uma das músicas mais pesadas da banda, e que caiu como uma luva para iniciar o setlist..
É interessante, porque para seu aniversário de 25 anos o Helloween tinha gravado um álbum "acústico", regravando alguns de seus clássicos (como Dr Stein) em novos formatos (o que desagradou muita gente), mas como resposta, gravaram em seguida o álbum "7 Sinners", que traz de volta todo o peso característico da banda, e até mais do que vinha sido demonstrado nos últimos álbuns.. E aí, vem essa música, cuja letra é uma demonstração de "prazer" em ouvir heavy metal, na qual o refrão questiona se o ouvinte "é metal".. Bela sacada da banda!!
Terminada essa "porrada", emendaram com a música que pra mim é a maior obra-prima do Heavy Metal: Eagle Fly Free. Nessa música o público todo cantava juntamente com o Andi Deris e vibrava com os riffs e solos..
Claro.., não é qualquer música que tem solos das 2 guitarras (juntas e separadas), de baixo e de bateria.. É um clássico, espetacular!!!
Ao fim da música todos vibravam empolgados e o Andi Deris dizia que tocar em São Paulo é especial, pois lembrava da gravação do último DVD (que foi feita ali mesmo no CredicardHall) e que era como estar em casa.. Então, em meio à euforia do público anunciou a próxima canção, do álbum "Time Of The Oath": Steel Tormentor.
Grande música!! Levada animal!! Solo fantástico!!
Mais uma vez o público ia à loucura com mais uma grande música..
Depois dessa música foi a vez de Sascha Gerstner mostrar porque merece estar nesse "time", solando por alguns minutos e provando toda a sua técnica.. E em seguida emendaram com Where the Sinners Go, música do álbum mais atual ("7 Sinners"), e que mesmo sendo pesada, não é tão rápida quanto as anteriores, mas que em geral agradou..
Aí, logo em seguida tocaram World of Fantasy, música que também é do "7 Sinners"), mas com uma levada mais rápida e melodiosa.. Grande música, com uma letra excelente e um refrão fantástico, sem falar do solo, no qual a bateria arregaça!!!
Após essa música, foi Dani Löble quem teve sua chance de "solar", e arrebentou na sua bateria com 4 bumbos.. Isso mesmo, 4 bumbos!!! rs
Eu olhava e me perguntava: "O cara num cansa?!?!"
É.., porque as músicas anteriores já exigiam demais da bateria, mas o cara ainda tava ali "imparável"..
Enfim, depois dessa demonstração de tenacidade foi a vez de tocarem I´m Alive, um grande clássico da banda, que foi muito bem executada e que também contou com a participação do público, gritando e cantando..
Em seguida veio You Stupid Mankind, anunciada pelo Andi Deris como uma música "do mal", já que sua letra fala da invasão de alienígenas cruéis, no estilo "Guerra dos Mundos".. rs
É uma música boa, mas acho que foi a que menos empolgou o público, que aproveitou pra dar uma descansada depois de tantas porradas..
Terminada a música, os músicos saíram, ficando somente o Andi Deris e o Sascha Gerstner, munidos de violões.. E o Andi Deris disse que a próxima música seria para as belas moças no recinto, e tocaram Forever and One (Neverland).
Foi a única "balada" no setlist, e pra mim é a melhor da banda, que foi entoada pelo público com louvor..
Dizem que durante essa música teve uma confusão na pista premium, mas eu nem vi..
Depois veio uma música que é uma surpresa no setlist dessa turnê, já que não era normalmente tocada: A Handful of Pain.
Essa foi a primeira música do Helloween que eu ouvi na vida, por isso foi especial, até porque é uma musicaça!! Uma música que não é rápida como as outras, mas na qual a meu ver se destaca o vocal do Andi Deris, e que tem uma letra muito bem composta..
Todos são muito bons, mas se pegarmos o Helloween genial da época dos Keepers e observarmos a decadência da banda nos 2 álbuns seguintes com Michael Kiske, fica claro que com a entrada do Andi Deris o Helloween realmente ressurgiu, e não há como negar a versatilidade do cara, além de seu carisma como "frontman".. Pra mim ele é o maior responsável pelo Helloween ainda estar "vivo", sempre com belas composições a cada álbum..
Vale a pena citar a simpatia do baixista Markus Grosskopf, sempre sorridente, e também do Michael Weikath, que estava muito mais animado do que no show de 2008..
Vale a pena citar a simpatia do baixista Markus Grosskopf, sempre sorridente, e também do Michael Weikath, que estava muito mais animado do que no show de 2008..
Bom, depois dessa bela música, veio a parte em que eu tenho que dizer que me arrependi, mas "para o bem"..rs
Sim, o Andi Deris anunciou que tocariam um medley de 3 clássicos da banda, já que juntas somariam cerca de 45 minutos. Era o medley contendo Keeper of the Seven Keys, The King for 1000 Years e Halloween.
Antes do show eu comentava com algumas pessoas que seria melhor não tocarem esse medley para dar lugar a umas 3 músicas, como "Power", por exemplo, mas tenho que dizer que me arrependi mesmo.. Foi espetacular!!!
Juntaram a introdução de "Keeper Of The Seven Keys" com mais um trecho de "The King Of 1000 Years" e a maior parte da "Halloween", e ficou perfeito!!
Ficou muito evidente o quanto os caras são bons e o quanto as músicas são excelentes!!
E aí pra levar todos ao delírio veio I Want Out, um dos maiores clássicos deles.. O Andi Deris aproveitou para interagir com o público, dizendo que queria ter certeza que o público de São Paulo era o "mais alto" de todos, atingindo o máximo em uma escala de 1 a 5..
Ele disse que quando ele cantasse "I Want.." o público deveria completar com "..Out".., e foi correspondido, agradecendo a todos..
Aí os caras deixaram o palco e o público ainda vibrava e pedia o retorno da banda, e eu mais uma galera gritávamos por "Power", na esperança deles tocaram mais esse clássico, mas quando eles voltaram tocaram outro clássico, só que lá da década de 80: Ride the Sky.
Música pesadíssima e com solos incríveis.. Uns caras do meu lado foram à loucura.. rs
E depois desse clássico veio outro: Future World
Nessa música eu já fui me dirigindo pra próximo da área que foi indicada no começo, pra me preparar pra subir no palco, mas não foi fácil.. rs
É, porque eu já estava exausto de tanto gritar, cantar e pular, e somado isso ao meu sedentarismo e idade avançada (¬¬), até pra andar eu sentia dificuldades.. rs
Mas voltando à música, mais uma vez executaram com maestria e, além disso, o Andi Deris brincou dizendo que o baterista Dani Löble era surdo, então precisaríamos fazer muito barulho pra que ele entendesse..
Disse também que o baterista havia misturado e bebido whisky com coca-cola, por isso tanta energia.. Então depois de apresentar toda a banda e interagir muito com o público encerraram a música..
Nessa hora nos chamaram para subir ao palco, e com muita dificuldade eu fui seguindo os demais.. Lá, um gringo nos explicou que entraríamos depois do solo, e que não deveríamos tirar fotos e nem agarrar os músicos para não atrapalhá-los.. Aí tiramos a foto oficial que eu estava ansioso pra ver no site deles..
Enfim, chegando a hora de entrar, fomos em direção ao palco, e aí eu passei pelo Jens Johansson e o Timo Kotipelto (tecladista e vocalista do Stratovarius, respectivamente) e depois pelo Kiko Loreiro (guitarrista do Angra).. Ainda foi engraçado ver o Lauri Porra (baixista do Stratovarius) se vestir também de Dr. Stein e ficar conosco esperando para entrar lá..
Aí eu aproveitei pra combinar com o pessoal pra gente entrar fazendo uma dancinha juntos (até pra eu poder me apoiar em alguém.. rs).. E depois que entramos, nos juntamos e fizemos aquela dancinha no estilo russa (que pode ser vista aqui ou aqui), e que o próprio Markus Grosskopf deu uma arriscada.. rs
Depois ficamos vibrando e curtindo a música lá de cima, saudando o público também..
Quando a música, acabou o Sascha Gerstner entregou a sua guitarra para uma das garotas que estavam com a gente (que depois foi agarrada pelo Sascha na hora de sair.. rs), e aí ficamos saudando ela, e depois ao baterista também.. Além disso teve o Markus Grosskopf passando com seu baixo pra que cada um tocasse uma nota.. rs
Por fim, quando fomos novamente saudar o público, o Andi Deris veio e deu abraço em cada um..
Na hora de sair, eu fui logo atrás do Markus Grosskopf e cumprimentei ele, dizendo que foi "grandioso"!!
Aí, quando voltamos para a passagem de volta pra pista, eu pensei em tirar fotos com o Kotipelto e o Jens, mas o carinha ficou acelerando a gente pra sairmos e nem deu tempo..
Quando saímos, eu e mais 2 Dr Stein's fomos entrevistados por um representante do site WikiMetal (eu falo a partir dos 57m44s) , tiramos fotos juntos e aí sim saímos de lá..
Como eu estava "morto", tive que novamente passar no balcão de bebidas pra pegar mais um refri, e no caminho algumas pessoas vinham perguntar como eu fiz pra subir lá e tal, e eu explicava com calma.. rs
Depois liguei pros meus irmãos pra saber onde eles estavam, e depois de ter uma idéia, saí para nos encontramos e então pra casa..
Eu já tava com a voz sumindo, e completamente cansado, mas valeu totalmente a pena.. Nunca mais vou esquecer dessa noite!!!
Mas pra finalizar eu queria deixar alguns comentários sobre algumas coisas que notei..
Vídeo da música com a nossa entrada aos 3':25":
Vídeo da música com a nossa entrada aos 3':25":
De positivo:
- Mesmo ouvindo dizer de uma briga que ocorreu lá, eu nem percebi, e foi totalmente tranqüilo assistir os 2 shows.. Tive conforto e nem fui empurrado nem nada.
- Percebi que o simples fato de ter algo em comum (curtir 1 das bandas ou as 2) tornava as pessoas empáticas, e portanto havia uma boa harmonia.
- Notei o quanto os caras das 2 bandas são simples, a ponto de interagir conosco dessa forma, e no caso dos que subiram ao palco até com a afetividade de um abraço..
De negativo:
- Sem dúvidas que o fato de ser 2 shows (2 bandas) reúne algumas pessoas que gostam de uma e não gostam de outras, e nesse caso a maioria das pessoas gostavam de Helloween mas tinha menos pessoas que gostavam de Stratovarius, e isso meio que tira o "glamour" dos caras enquanto faziam a "abertura" e por isso mesmo não tiveram uma resposta do público digna da grandeza da banda..
- Em relação à localização do CredicardHall, é muito "lost".. Eu fui de S.B.C. pra lá e mesmo usando 4 conduções, ainda tive que andar bastante.. Na volta eu vim de carro, mas imagino a dificuldade daqueles que tiveram que usar transporte público, já que pelo horário teriam que esperar a abertura da estação por horas..
- O preço dos produtos no CredicardHall é absurdo.. Os caras metem a faca mesmo.. #Pelamordedeus!!
Enfim, é isso aí..
Ainda vou fazer uma postagem curta relativa ao corte do cabelo, mas quanto ao show, valeu totalmente a pena ter gasto quase R$200,00 com o ingresso.. Nunca vou esquecer!!!