Quem diz isso não é uma pessoa qualquer. Não é um exagerado nem um simplório. Essas palavras, que parecem radicais, foram pronunciadas pelo médico e pregador Martyn Lloyd-Jones, do púlpito da Capela de Westminster, no centro de Londres, na primeira metade do século 20.
Como se verá nesta matéria de capa, Lloyd-Jones tem toda razão: se você ainda não está atado a Cristo, pela convicção e pela fé, então você, a rigor, ainda não é um cristão. É necessário que você admita isso, humilde e honestamente, tendo ou não rótulo de cristão, sendo católico, protestante, carismático ou neopentecostal. Pode ser que você esteja atado apenas ao Cristo do evangelho da prosperidade, do evangelho social e da teologia liberal, mas não ao Verbo feito carne. O Jesus que tomou sobre si os nossos pecados e nos trouxe perdão, que morreu e ressuscitou, que está sentado à direita do Pai, que colocou debaixo dos pés os estragos da queda e do pecado e que voltará em poder e muita glória -- esse é o único Jesus. Não há outro. Fora do Jesus do Antigo e do Novo Testamentos, qualquer outro seria vulgar e mesmo desnecessário.
A cristologia bíblica é fantástica, coerente, convidativa, redentora e gloriosa. Agarre-se a esse Jesus e não a outro.
Só é possível conhecer Jesus Cristo como ele de fato é, removendo as escamas que estão nos olhos e o véu que se interpõe entre nós e ele. Essa operação vem de cima (de Deus) e não de baixo (do ser humano). Ela desce e não sobe. É graça pura, que pode ser suplicada!
Extraído de: Revista Ultimato (edição março-abril)