segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

As escrituras afirmam que Jesus é Deus? (por Marcelo Berti)

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Extraído de: E-cristianismo

As escrituras afirmam que Jesus é Deus? As Testemunhas de Jeová, uma "seita cristã" que alega ser a única portadora da verdade, responde a essa pergunta negativamente. Essa opinião pode ser verificada em qualquer uma de suas publicações, inclusive na sua versão das escrituras, que em João 1.1 afirma que o Verbo era um deus. De modo interessante, um livreto publicado pela Sociedade Torre da Vigia, conhecido pelo nome “Should you believe in Trinity” (Deve-se crer na Trindade), falando sobre tal traducão afirma:
"quando o contexto exige, os tradutores podem inserir um artigo indefinido diante do substantivo nesse tipo de estrutura oracional. Mas será que o contexto exige um artigo indefinido em Jo.1.1? Sim, pelo testemunho de toda a Bíblia de que Jesus não é o Deus Todo-Poderoso[1]."
Mas será isso verdadeiro?
Será que diante do testemunho das escrituras podemos dizer que Jesus nunca é chamado de Deus? Bom, esse á o objetivo desse breve post: Demonstrar que as escrituras apresentam a Jesus Cristo como sendo Deus em diversas ocasiões e que aqueles que prezam pelas escrituras deveriam reconhecer o que ela afirma. Para tanto, não usaremos de abordagens teológicas nas citações que faremos, apenas breves comentários, pois a intenção é demonstrar quão longe da verdade ensinada pelas escrituras está a afirmação do autor anômino desse livreto.
Observe como as escrituras como um todo atestam a divindade de Cristo, desde o Antigo Testamento:

A. No Antigo Testamento:

  • Gn.17.1: Quando atingiu Abrão a idade de noventa e nove anos, apareceu-lhe o SENHOR e disse-lhe: Eu sou o Deus Todo-Poderoso; anda na minha presença e sê perfeito – Esse texto demonstra que Yahweh apareceu diante de Abrão e se apresentou como Deus Todo Poderoso. Jesus também disse ter estado com Abraão (Jo.8.56), embora lhe fosse anterior (Jo.8.58) afirmando sua Eternidade e Divindade, pois usa o nome de Deus para se descrever.
  • Dt.10.17: Pois o SENHOR, vosso Deus, é o Deus dos deuses e o Senhor dos senhores, o Deus grande, poderoso e temível, que não faz acepção de pessoas, nem aceita suborno – Yahweh é o Senhor acima dos Senhores, do mesmo modo que Jesus Cristo (Ap.17.14). É interessante que Cristo é chamado de Senhor que não faz acepção de pessoas (Ef.6.9). Ou seja, na mentalidade dos autores neotestamentários, Jesus é equiparado a Deus, tem características divinas e portanto, é Deus.
  • 1Sm.2.2: Não há santo como o SENHOR; porque não há outro além de ti; e Rocha não há, nenhuma, como o nosso Deus – Yahweh é Santo como ninguém pode ser. Ele é o único Santo, pois não existe ninguém além Dele mesmo. Mas, Pedro diz que Jesus é O Santo (At.3.14). Ou seja, Yahweh e Yeshua são um.
  • Ne.9.6: Só tu és SENHOR, tu fizeste o céu, o céu dos céus e todo o seu exército, a terra e tudo quanto nela há, os mares e tudo quanto há neles; e tu os preservas a todos com vida, e o exército dos céus te adora – Yahweh é o Criador de todas as coisas e preservador de todas elas, do mesmo modo que Cristo (Cl.1.17; Hb.1.3). Ou seja, Yahweh e Jesus são essencialmente um.
  • Sl.2.7: Proclamarei o decreto do SENHOR: Ele me disse: Tu és meu Filho, eu, hoje, te gerei. – Jesus é chamado de Filho Gerado de Deus. Esse descreve a cerimônia de coroação de um Rei, e ser gerado não significa ter sido produzido ou criado, mas estabelecido. O NT usa esse texto 3x: (1) Em referência a ressurreição (At.13.33); (2) Em demonstração da superioridade dos anjos (Hb.1.5-6); (3) Em demonstração da glorificação de Cristo e sua eternidade (Hb.5.5-6). Os autores do NT entenderam essa declaração como evidência da sua divindade.
  • Sl.24.7, 10: Levantai, ó portas, as vossas cabeças; levantai-vos, ó portais eternos, para que entre o Rei da Glória (...) Quem é esse Rei da Glória? O SENHOR dos Exércitos, ele é o Rei da Glória – O Rei da Glória é Yahweh. Entretanto, Paulo chama a Jesus o Senhor da Glória (1Co.2.3), do mesmo modo que Tiago (Tg.2.1). Ou seja, Jesus Cristo é chamado de Yahweh.
  • Sl.45.72: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; cetro de eqüidade é o cetro do teu reino. Amas a justiça e odeias a iniqüidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com o óleo de alegria, como a nenhum dos teus companheiros. – Jesus Cristo prometido como Deus e Rei Eterno ungido por Deus.
  • Sl.97.9: Pois tu, SENHOR, és o Altíssimo sobre toda a terra; tu és sobremodo elevado acima de todos os deuses – Nesse verso Yahweh é denominado como Aquele que está acima de tudo e todos. Em Jo.3.31 Jesus é denominado do mesmo modo.
  • Sl.102.24-27: Em tempos remotos, lançaste os fundamentos da terra; e os céus são obra das tuas mãos. 26 Eles perecerão, mas tu permaneces; todos eles envelhecerão como uma veste, como roupa os mudarás, e serão mudados. 27 Tu, porém, és sempre o mesmo, e os teus anos jamais terão fim – Yahweh, o Deus do salmista é o criador, mas o autor de Hebreus entende que esse texto fala do Filho de Deus (Hb.1.10-12). Portanto, é seguro afirmar que para o autor de Hebreus, Jesus é Yahweh.
  • Sl.110.1: Disse o SENHOR ao meu senhor: Assenta-te à minha direita, até que eu ponha os teus inimigos debaixo dos teus pés – Jesus é apresentado por Yahweh como Senhor de Davi. Jesus usa esse texto para -demonstrar sua divindade em Mt.22.44; Mc.12.36; Lc.20.42. Pedro faz o mesmo em At.2.34-36.
  • Sl.110.4: O SENHOR jurou e não se arrependerá: Tu és sacerdote para sempre, segundo a ordem de Melquisedeque. – Jesus é apresentado como sacerdote Eterno.
  • Pv.16.4: O SENHOR fez todas as coisas para determinados fins e até o perverso, para o dia da calamidade. – Yahweh é chamado de Criador de todas as coisas, como Cristo (Jo.1.3; Cl.1.16).
  • Ec.12.14: Porque Deus há de trazer a juízo todas as obras, até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más – O Deus de Salomão, Yahweh, é quem trará a juízo todas as obras, mesmo as escondidas, boas ou más. Paulo aplica essas ações a Jesus Cristo (1Co.4.5; 2Co.5.10; 2Tm.4.1).
  • Is.8.13-14: Ao SENHOR dos Exércitos, a ele santificai; seja ele o vosso temor, seja ele o vosso espanto. Ele vos será santuário; mas será pedra de tropeço e rocha de ofensa às duas casas de Israel, laço e armadilha aos moradores de Jerusalém – Yahweh é chamado pedra de tropeço por Isaías, do mesmo modo que Jesus é assim chamado por Pedro (1Pe.2.8).
  • Is.40.3: Voz do que clama no deserto: Preparai o caminho do SENHOR; endireitai no ermo vereda a nosso Deus – Aqui vemos a famosa frase de João Batista em relação a Cristo em Mt.3.3. Ou seja, João Batista o chama Yahweh.
  • Is.44.6: Assim diz o SENHOR, Rei de Israel, seu Redentor, o SENHOR dos Exércitos: Eu sou o primeiro e eu sou o último, e além de mim não há Deus –Yahweh é chamado de primeiro e último, do mesmo modo que Jesus é assim chamado em Ap.1.17.
  • Is.48.12: Dá-me ouvidos, ó Jacó, e tu, ó Israel, a quem chamei; eu sou o mesmo, sou o primeiro e também o ultimo – Novamente Yahweh é chamado de primeiro e o último, do mesmo modo que em Ap.22.13. Se primeiro significa sem início, e ultimo sem fim, Jesus é eterno com Yahweh, como Jo.1.1 nos ensina.
  • Jr.10.10: Mas o SENHOR é verdadeiramente Deus; ele é o Deus vivo e o Rei eterno; do seu furor treme a terra, e as nações não podem suportar a sua indignação - Yahweh é o Deus verdadeiro, como Jesus afirmou em Jo.17.3. Mas, João também chama Jesus de Deus Verdadeiro (1Jo.5.20). Segue-se que Yahweh e Jesus são um.
  • Jr.23.5-6: Eis que vêm dias, diz o SENHOR, em que levantarei a Davi um Renovo justo; e, rei que é, reinará, e agirá sabiamente, e executará o juízo e a justiça na terra. Nos seus dias, Judá será salvo, e Israel habitará seguro; será este o seu nome, com que será chamado: SENHOR, Justiça Nossa– Nesse texto o Messias, o descendente de Davi, o Rebento Justo, é chamado de Rei Sábio e Yahweh, nossa justiça. Para aqueles que acreditam que Cristo nunca é chamado de Yahweh esse verso demonstra sua incoerência.
  • Jl.2.32: E acontecerá que todo aquele que invocar o nome do SENHOR será salvo – Aqueles que invocarem o nome de Yahweh serão salvos. Pedro usa esse texto em referência a Jesus (At.2.21) e Paulo aplica essa verdade a Jesus Cristo (1Co.1.2), chamando a Jesus de Yahweh. Ele faz o mesmo quando apresenta o modo da salvação em Rm.10.9 e cita Jl.2.32 como demonstração de cumprimento profético em Rm.10.13. Na mente de Paulo Jesus e Yahweh são um, como Jesus já tinha ensinado (Jo.10.31).
  • Mq.5.2: E tu, Belém-Efrata, pequena demais para figurar como grupo de milhares de Judá, de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas obras são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade – Jesus é chamado de Eterno. Alguém que tem sua origem desde os tempos antigos e os seus dias desde a eternidade, é eterno e não criado.
  • Ml.3.1: Eis que eu envio o meu mensageiro, que preparará o caminho diante de mim; de repente, virá ao seu templo o Senhor, a quem vós buscais, o Anjo da Aliança, a quem vós desejais; eis que ele vem, diz o SENHOR dos Exércitos – Esse mensageiro iria preparar o caminho para Yahweh (cf. 2.17), mas esse texto é usado em relação a João Batista, como mensageiro que prepara o caminho para Cristo (Mc.1.2; Lc.2.27). Claramente se atribui divindade a Cristo no uso desse texto no NT, como em outros casos vistos acima.


B. No Novo Testamento:

Como já vimos, muitas das referências sobre a divindade de Cristo no Antigo Testamento são tomadas por sua relação com o Novo. Isso acontece por que os autores neotestamentários encontraram nesses versos alusões à divindade do Messias e sob inspiração do Espírito Santo instruíram os cristãos de todas as épocas. Entretanto, temos que admitir que eles levaram tal conceito à frente e à clareza, como vamos observar abaixo:

  • Mt.1.23: Eis que a virgem conceberá e dará à luz um filho, e ele será chamado pelo nome de Emanuel (que quer dizer: Deus conosco) – Jesus é claramente chamado de Deus, desde o Seu nascimento.
  • Mt.5.17: Não penseis que vim revogar a Lei ou os Profetas; não vim para revogar, vim para cumprir – Nenhum homem jamais cumpriu todas as exigências da Lei, mas Jesus cumpriu completamente em sua vida além de ser o cumprimento das Profecias Messiânicas, que incluía sua Divindade.
  • Mt.9.6: Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados -- disse, então, ao paralítico: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa – Nesse texto encontramos Jesus exercendo uma ação exclusivamente divina: Somente Deus pode perdoar pecados, pois eles são essencialmente um mal orientado contra Deus. Por essa razão, somente Deus perdoa pecados. Se Cristo tem autoridade (não permissão) para perdoar pecados, segue-se que Ele é Deus.
  • Mt.11.1-6: Ora, tendo acabado Jesus de dar estas instruções a seus doze discípulos, partiu dali a ensinar e a pregar nas cidades deles. 2 Quando João ouviu, no cárcere, falar das obras de Cristo, mandou por seus discípulos perguntar-lhe: 3 És tu aquele que estava para vir ou havemos de esperar outro? 4E Jesus, respondendo, disse-lhes: Ide e anunciai a João o que estais ouvindo e vendo: 5 os cegos vêem, os coxos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e aos pobres está sendo pregado o evangelho. 6 E bem-aventurado é aquele que não achar em mim motivo de tropeço – Nesse texto vemos Jesus Cristo se afirmando o Messias Prometido (Is.35.5-6; 61.1-2) além de se comparar com a pedra de tropeço, que nos profetas era o próprio Yahweh (Is.8.13-14; cf. 1Pe.2.8).
  • Mt.11.27: Tudo me foi entregue por meu Pai. Ninguém conhece o Filho, senão o Pai; e ninguém conhece o Pai, senão o Filho e aquele a quem o Filho o quiser revelar (cf. Lc.10.22)– Nesse verso Jesus se coloca em igualdade com o Pai: Do mesmo modo que em sua natureza e essência Deus não é completamente conhecido, Cristo também o é. Se Cristo fosse um mero homem, tal afirmação não faria o menor sentido. Nesse verso também vemos a sujeição de Cristo ao Pai, com quem desenvolve um relacionamento familiar (Pai – Filho).
  • Mt.14.33: E os que estavam no barco o adoraram, dizendo: Verdadeiramente és Filho de Deus! – Algumas versões corrompidas traduzem esse texto como se os discípulos estivessem prestando uma homenagem a Jesus. Nada mais fora da realidade por ser dito do que isso. Segundo eles, esse ato era uma forma de se prostrar reverentemente diante de alguém que merece respeito.
Mas, o que dizer de textos como Mt.2.11 (cf. Mt.4.9; At.10.25; Ap.4.10; 5.14; 7.11; 11.16; 19.4) que o verbo “prostrar” é usado antes do verbo “adorar”?
Os que pensam assim esquecem que o sentido do termo é primariamente adorar (Jo.4.20-24; 12.20; At.8.27; 24.11; 1Co.14.25; Ap.3.9) e não prostrar-se.
Observe a situação quando Satanás usa esse termo para tentar a Jesus (Mt.4.9; cf. Lc.4.7)? Será que Satanás estava propondo uma homenagem? Nada mais ridículo poderia ser dito, até por que Jesus não entendeu assim. Note que Ele responde que devemos adorar somente a Deus (Mt.4.10; cf. Lc.4.8) usando o mesmo verbo.
Portanto, se apenas Deus é digno de ser adorado, e Jesus aceitou adoração, Ele é Deus.
  • Mt.16.16-17: Respondendo Simão Pedro, disse: Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo17 Então, Jesus lhe afirmou: Bem-aventurado és, Simão Barjonas, porque não foi carne e sangue que to revelaram, mas meu Pai, que está nos céus. – Já vimos que só podem conhecer a Jesus Cristo se o Pai lhe conceder o privilégio. Jesus confirma esse fato ao dizer que a definição de Pedro foi dada por Deus. Pedro reconheceu que Jesus é Cristo (humano) Filho de Deus (Divino). Somente o Pai pode conduzir pessoas a essa conclusão (11.27).
  • Mt.28.18: Jesus, aproximando-se, falou-lhes, dizendo: Toda a autoridade me foi dada no céu e na terra – Jesus tem toda a autoridade no céu, a esfera mais nobre da manifestação de Deus. Ora, se Cristo tem toda a autoridade nesse ambiente, é certo que Ele é Deus.
  • Mc.8.38: Porque qualquer que, nesta geração adúltera e pecadora, se envergonhar de mim e das minhas palavras, também o Filho do Homem se envergonhará dele, quando vier na glória de seu Pai com os santos anjos – O texto demonstra claramente que em sua segunda vinda Jesus virá com a Glória do Pai e com os Santos anjos que possui. Ou seja, Jesus certamente não faz parte dos seres angelicais e tem a mesma Glória que Deus tem. Portanto, Jesus deve ser Deus.
  • Lc.5.22: Jesus, porém, conhecendo-lhes os pensamentos, disse-lhes: Que arrazoais em vosso coração? – Conhecer o coração do homem é uma atividade que somente Yahweh pode realizar (1Re.8.39; Ez.11.5; cf. Ap.2.23).
  • Jo.1.1-3: No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus2 Ele estava no princípio com Deus. 3 Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez – Esse texto atesta a Eternidade do Verbo, a co-existência com Deus, ou seja, o Pai não é o Filho, nem o Filho o Pai, mas o Filho é Deus, como o Pai. É por isso que Ele é o Criador de todas as coisas. Se é criador de todas as coisas não é criado. Se é eterno não é temporal. Se é Deus não é nem anjo, nem uma espécie de ser angelical ou sub-divino (um deus a parte do Pai).
  • Jo.1.18: Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito, que está no seio do Pai, é quem o revelou – O mesmo conceito sobre Deus é visto em Mt.11.27 (cf. Lc.10.22), mas diferente dos anteriores que apresentam a relação entre Pai e Filho, esse demonstra a igualdade essencial entre o Pai e o Filho, que é chamado de único Deus nesse verso.
  • Jo.2.19-21: Jesus lhes respondeu: Destruí este santuário, e em três dias o reconstruirei. Replicaram os judeus: Em quarenta e seis anos foi edificado este santuário, e tu, em três dias, o levantarás? Ele, porém, se referia ao santuário do seu corpo. – As escrituras dizem repetidamente que Deus é quem ressuscitou a Cristo dentre os mortos (At.2.24, 32; 3.15; 3.26; 10.40; 13.30; 17.31; Rm.4.24; 1Co.6.14; 2Co.2.14; Gl.1.1; Ef.1.20; 1Ts.1.10; Hb.13.20; 1Pe.1.21), entretanto aqui Jesus garante que Ele mesmo ressuscitará a si mesmo. Em Jo.10.18 Jesus reafirma sua autoridade. Ora, se as escrituras dizem que Deus ressuscitou a Cristo dentre os mortos, e Cristo diz que ele tem poder/autoridade para fazê-lo, segue-se que Ele é Deus.
  • Jo.5.18: Por isso, pois, os judeus ainda mais procuravam matá-lo, porque não somente violava o sábado, mas também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus. – Jesus propositadamente fazia-se igual a Deus e os judeus o entendiam assim. Se Jesus estivesse se fazendo igual a Deus e não o fosse, Ele seria um mentiroso. Como nenhum dolo se encontrou em sua boca (Is.53.9; 1Pe2.29) e quem não erra no falar é um homem perfeito (Tg.3.2), segue-se que Ele não estava mentindo sobre sua igualdade com Deus. Portanto, Jesus é Deus.
  • Jo.8.58: Respondeu-lhes Jesus: Em verdade, em verdade eu vos digo: antes que Abraão existisse, EU SOU – Nessa expressão Jesus se identifica claramente com Yahweh. Jesus usa essa expressão em Jo.8.28 e 13.9.
  • Jo.10.30: Eu e o Pai somos um – Essa declaração de unidade é fundamental para se compreender a pessoa de Cristo. Diversas citação do AT dependem dessa verdade para serem apresentadas. O que é fato é que os ouvintes de Cristo entenderam essa expressão como uma declaração da divindade de Cristo.
  • Jo.12.45: E quem me vê a mim vê aquele que me enviou – Jesus Cristo é apresentado à semelhança de Cl.2.9 e Hb.1.3: É tão completo na presença da divindade em seu corpo, é tão exata a representação do Ser de Deus em sua vida, que quem o vê, vê a Yahweh.
  • Jo.14.8-10: Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta. 9 Disse-lhe Jesus: Filipe, há tanto tempo estou convosco, e não me tens conhecido? Quem me vê a mim vê o Pai; como dizes tu: Mostra-nos o Pai? 10 Não crês que eu estou no Pai e que o Pai está em mim? As palavras que eu vos digo não as digo por mim mesmo; mas o Pai, que permanece em mim, faz as suas obras – Do mesmo modo que em Jo.12.45, Jesus demonstra Sua unidade com o Pai de tal modo que quem O vê, vê o Pai. Essa unidade essencial já havia sido demonstrada em Jo.10.30.
  • Jo.20.28: Respondeu-lhe Tomé: Senhor meu e Deus meu! – Texto bem claro: Jesus como O Senhor e como O Deus. O uso dos artigos aqui sugere a intensidade do reconhecimento.
  • At.20.28: Atendei por vós e por todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos constituiu bispos, para pastoreardes a igreja de Deus, a qual ele comprou com o seu próprio sangue – Certamente Deus não tem sangue, portanto, o texto fala de Jesus. Entretanto, o autor quis demonstrar a dupla natureza de Cristo: Deus e Homem, pois enquanto homem derrama sangue, e enquanto Deus compra sua Igreja. Esse é Jesus Cristo: Homem Deus.
  • Rm.1.7: A todos os amados de Deus, que estais em Roma, chamados para serdes santos, graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e doSenhor Jesus Cristo. – Jesus Cristo é Senhor, e na mentalidade de Paulo chamar Jesus de Senhor é reconhecer sua Divindade (cf. 10.9, 13).
  • Rm.10.9, 13: Se, com a tua boca, confessares Jesus como Senhor e, em teu coração, creres que Deus o ressuscitou dentre os mortos, serás salvo (...) Porque: Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo – Paulo nesse texto demonstra sua compreensão da verdade que salva: Aquele que confessa que Jesus é Senhor, entretanto, o faz pensando em Jl.2.32, que fala que quem invocar a Yahweh é que será salvo. Portanto, Paulo entendia que aqueles que confessam a divindade de Jesus, como Yahweh, serão salvos.
  • 1Co.1.1-3: à igreja de Deus que está em Corinto, aos santificados em Cristo Jesus, chamados para ser santos, com todos os que em todo lugar invocam o nome de nosso Senhor Jesus Cristo, Senhor deles e nosso. Graça a vós outros e paz, da parte de Deus, nosso Pai, e do Senhor Jesus Cristo – Jesus é chamado de Yahweh (Jl.2.32; cf. Rm.10.9, 13).
  • 1Co.2.8: sabedoria essa que nenhum dos poderosos deste século conheceu; porque, se a tivessem conhecido, jamais teriam crucificado o Senhor da glória – Somente Deus tem Glória como Ele tem`(Ex.24.16; 24.17; 40.34; Lv.9.23), e chamar a Jesus de Senhor da Glória é reconhecer sua Divindade. Sem contar que esse termo é uma alusão ao título encontrado em Sl.24.7, 10 em referência a Yahweh: Rei da Glória.
  • 1Co.8.6: todavia, para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as coisas e para quem existimos; e um só Senhor, Jesus Cristo, pelo qual são todas as coisas, e nós também, por ele – Além de ser único Senhor, posição exclusiva de Yahweh (Dt.6.4), Jesus é atestado como criador.
  • 2Co.5.10: Porque importa que todos nós compareçamos perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba segundo o bem ou o mal que tiver feito por meio do corpo – A atividade julgadora é atribuída frequentemente no AT a Yahweh (cf. Ez.18.30; Ec.3.7; 12.14), entretanto Paulo entende se tratar de uma atividade regulada por Cristo. Segue-se que é claro que na mente de Paulo, Jesus é Yahweh.
  • Ef.3.9: E demonstrar a todos qual seja a dispensação do mistério, que desde os séculos esteve oculto em Deus, que tudo criou por meio de Jesus Cristo– Jesus Cristo como Criador.
  • Cl.1.17: Ele é antes de todas as coisas. Nele, tudo subsiste – Jesus Cristo é eterno e o sustendador de todas as coisas. Duas características de Yahweh (Mq.5.2)
  • Cl.2.9: porquanto, nele, habita, corporalmente, toda a plenitude da Divindade – Jesus humano é portador da divindade por completo. Isso certamente é um milagre. Por isso, Jesus Cristo é Deus Homem.
  • Tt.2.13: aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus e Salvador Cristo Jesus – Jesus Cristo chamado claramente de Deus e Salvador.
  • Hb.1.1-3: Havendo Deus, outrora, falado, muitas vezes e de muitas maneiras, aos pais, pelos profetas, 2 nestes últimos dias, nos falou pelo Filho, a quem constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo. 3 Ele, que é o resplendor da glória e a expressão exata do seu Ser, sustentando todas as coisas pela palavra do seu poder, depois de ter feito a purificação dos pecados, assentou-se à direita da Majestade, nas Alturas –Jesus é visto como o ápice da revelação de Deus, herdeiro de todas as coisas, criador. Ele é essencialmente Deus, sustentador, poderoso, exaltado e uma pessoa distinta do Pai, ao lado de quem está. Segue-se que Jesus é Deus.
  • Hb.1.6: E, novamente, ao introduzir o Primogênito no mundo, diz: E todos os anjos de Deus o adorem. – É Deus quem ordena a adoração do Filho. Já temos demonstrado que essa é a idéia do termo adorar, quando usado em relação a Jesus.
  • Hb.1.8: mas acerca do Filho: O teu trono, ó Deus, é para todo o sempre; e: Cetro de eqüidade é o cetro do seu reino – Jesus é claramente chamado de Deus cujo reino é eterno.
  • Hb.1.12: também, qual manto, os enrolarás, e, como vestes, serão igualmente mudados; tu, porém, és o mesmo, e os teus anos jamais terão fim –Somente Deus desfruta da imutabilidade (Ml.3.6; Tg.1.17). Se Jesus tem distintivos que pertencem exclusivamente a Yahweh (Hb.13.8), certamente Ele é Deus.
  • 2Pe.1.1: Simão Pedro, servo e apóstolo de Jesus Cristo, aos que conosco obtiveram fé igualmente preciosa na justiça do nosso Deus e Salvador Jesus Cristo – Nesse texto claramente Jesus é chamado de Deus.
  • 1Jo.5.20: Também sabemos que o Filho de Deus é vindo e nos tem dado entendimento para reconhecermos o verdadeiro; e estamos no verdadeiro, em seu Filho, Jesus Cristo. Este é o verdadeiro Deus e a vida eterna – Jesus aqui é chamado de Verdadeiro Deus, mesma designação encontrada para o Pai em Jo.17.3.
  • Ap.1.8: Eu sou o Alfa e Ômega, diz o Senhor Deus, aquele que é, que era e que há de vir, o Todo-Poderoso – Nesse verso vemos algumas características sobre Deus: (1) Sem princípio ou fim; (2) Senhor; (3) Todo-Poderoso; (4) Que é, era e que há de vir. Todas as designações apresentadas a Deus nesse verso são atribuídas a Jesus no decorrer do livro:
Ap.1.17-18: Quando o vi, caí a seus pés como morto. Porém ele pôs sobre mim a mão direita, dizendo: Não temas; eu sou o primeiro e o ultimo e aquele que vive; estive morto, mas eis que estou vivo pelos séculos dos séculos e tenho as chaves da morte e do inferno – Jesus como primeiro e último, como Deus é. Primeiro significa que não existiu ninguém antes dele, e último, que depois dele ninguém haverá. Ou seja, João claramente identifica Jesus com Deus.
Ap.2.8: Ao anjo da igreja em Esmirna escreve: Estas coisas diz o primeiro e o último, que esteve morto e tornou a viver – Nesse verso Jesus Cristo é o Primeiro e o Último, como Deus é, logo, Jesus é Deus.
Ap.22.12-13: E eis que venho sem demora, e comigo está o galardão que tenho para retribuir a cada um segundo as suas obras. Eu sou o Alfa e o Ômega, o Primeiro e o Último, o Princípio e o Fim – Jesus é aquele que vem, ou seja, em cumprimento à profecia de At.1.11, Jesus Voltará. Ou seja, o livro de Apocalipse quando fala naquele que há de vir, refere-se a Jesus Cristo. Essa identificação nos auxilia a compreender como entendemos Ap.1.8, quando diz que o Senhor Deus voltará. Logo, encontramos razões suficientes no livro para se demonstrar a divindade de Cristo.
Ap.4.8: E os quatro seres viventes, tendo cada um deles, respectivamente, seis asas, estão cheios de olhos, ao redor e por dentro; não têm descanso, nem de dia nem de noite, proclamando: Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, aquele que era, que é e que há de vir– Nesse verso Jesus é identificado com a tríade de elogio a Seu caráter, como fora feito a Yahweh (Is.6.3). É chamado de Senhor, Todo-Poderoso e que voltará. Certamente esse verso fala a respeito de Jesus. Ou seja, em Apocalipse Jesus é claramente Deus.
  • Ap.3.14: Ao anjo da igreja em Laodicéia escreve: Estas coisas diz o Amém, a testemunha fiel e verdadeira, o princípio da criação de Deus – Jesus Cristo é visto como o originador da criação, e não como primeira criatura, como suspeitam alguns. Caso esse fosse o sentido do texto, ele estaria em franca contradição com os textos citados acima, que testemunham que Jesus não tem começo.
  • Ap.5.12: proclamando em grande voz: Digno é o Cordeiro que foi morto de receber o poder, e riqueza, e sabedoria, e força, e honra, e glória, e louvor – Jesus Cristo é adorado: Ele é digno de receber sabedoria, força, honra, glória e louvor. Somente Deus é digno de receber louvor. Portanto, Jesus é Deus. 


Conclusão


Diante de tantas evidências entendemos que as escrituras não apenas apresentam a Jesus Cristo como Deus, mas defende essa postura em diversas de suas colocações. Portanto, aqueles que dizem que Jesus Cristo não é Deus estão em pleno desacordo com as Escrituras e devem ser considerados como hereges e perversores da verdade.




    [1] Anônimo, Should You Believe in the Trinity? Brooklyn, NY. Watchtower Bible and Tract Society, 1989.


    Extraído de:
    http://www.e-cristianismo.com.br/pt/trindade/178-as-escrituras-afirmam-que-jesus-e-deus