Muitas pessoas já perguntaram qual era a posição Spurgeon sobre o divórcio. Vivendo na era vitoriana, Spurgeon pouco falou sobre o assunto, e quando ele falou a respeito, na maioria das vezes foi apenas para condenar os efeitos maléficos do divórcio nas famílias, na sociedade... Certamente ele lamentou grandemente o divórcio e jamais o incentivou.
Este fato claro na vida de Spurgeon levou alguns a pensarem que ele acreditava que o divórcio nunca era justificável, e que pessoas divorciadas, por quaisquer motivos, nunca foram autorizados a se casar novamente. Mas essa não era a sua posição.
Spurgeon partilhava o mesmo ponto de vista sobre o divórcio que a Confissão de Westminster. É o ponto de vista clássico da maioria do teólogos reformados. Em outras palavras, Spurgeon acreditava em um novo casamento após o divórcio era permitido em casos raros. Quando o divórcio ocorre porque um parceiro é culpado de infidelidade marital notória, por exemplo, o parceiro inocente poderia e era permitido se casar novamente.
Novamente, Spurgeon abominava o divórcio e sempre ressaltou que este é um fruto do pecado e da dureza do coração humano, mas, como na cláusula de exceção bíblica, mostrou compaixão do inocente, ou seja, o parceiro fiel vítima de adultério. Na exposição de um dos seus sermões Spurgeon disse:
Novamente, Spurgeon abominava o divórcio e sempre ressaltou que este é um fruto do pecado e da dureza do coração humano, mas, como na cláusula de exceção bíblica, mostrou compaixão do inocente, ou seja, o parceiro fiel vítima de adultério. Na exposição de um dos seus sermões Spurgeon disse:
“Disse-lhes ele: Moisés, por causa da dureza dos vossos corações, vos permitiu repudiar vossas mulheres; mas ao princípio não foi assim. Eu vos digo, porém, que qualquer que repudiar sua mulher, não sendo por causa de fornicação, e casar com outra, comete adultério; e o que casar com a repudiada também comete adultério.” - Mateus 19:8-9
“Cristo claramente condena a promulgação permissiva do Estado Judeu naqueles dias. O estado se legislar contra a verdade de Deus – sobre o casamento, por exemplo – em nada muda o que Deus determinou sobre isso. Os homens estavam acostumados a repudiar suas esposas por qualquer motivo fútil e banal... Moisés insisti em uma “carta de divórcio” – sem uma, uma mulher poderia ser morta por adultério, por exemplo... e como por todo motivo banal o divórcio estava sendo feito, deveria ser realizado com uma deliberação e formalidade legal do estado. A exigência de um documento escrito, foi até certo ponto, uma concessão em cima de um mau hábito que estava tão enraizado nas pessoas que recusá-lo por completo teria sido inútil, e só teria criado um outro crime. A lei de Moisés – foi tão longe quanto poderia ir... mas era por causa da dureza dos corações que o divórcio foi tolerado, mas nunca foi aprovado.
Mas Cristo, o nosso Senhor, é pleno ao nos dar a verdade sobre isso. Ele proíbe o divórcio, exceto para o crime de infidelidade aos votos de casamento. O que deixa o inocente livre... Aquele que comete adultério faz por este ato a quebra da aliança dos votos matrimoniais, e então, e só então ele deve ser formalmente reconhecido pelo Estado (da única forma que Deus o diz ) como sendo rompida, mas por nenhuma outra razão um homem (ou mulher) pode se divorciar de sua esposa (esposo). O casamento é para a vida, e não para ser rompido, exceto por um grande crime que rompe diante de Deus o seu vínculo. Nosso Senhor jamais teria tolerado as leis ímpias de alguns Estados e nações, que permitem que homens e mulheres casados possam se separar por um mero pretexto, não sendo a exceção manifestada por Ele. Aquele que é divorciado por qualquer causa que não seja o adultério, e se casa de novo, está cometendo adultério diante de Deus, e isso independente do que as leis dos homens possam dizer.
Isto é muito claro, inequívoco e positivo, e assim a santidade de Deus é posta sobre o casamento que nenhuma legislação humana pode violar. Jamais podemos ser encontrados entre aqueles que absorvem novas ideias sobre o casamento, e buscar a deformar as leis de Deus sobre o casamento com leis humanas sob o pretexto de reformá-lo. Nosso Senhor sabe sobre isso infinitamente melhor do que os nossos modernos reformadores sociais. É melhor deixar as leis de Deus somente, pois nós nunca vamos descobrir nada que seja melhor, apenas descobriremos o que é destrutivo.”
Pense – leis que refazem o conceito de casamento – As últimas frases de Spurgeon são, naturalmente, extremamente relevantes para a controvérsia de nossos dias sobre a união legal entre parceiros do mesmo sexo. De maneira assustadora você vê cristãos dizendo: “eu acho errado, mas sou a favor que o Estado...” – Como? Como sem desprezar a Verdade de Deus? Spurgeon nunca poderia sequer imaginar que a sociedade sequer pensasse em tolerar algo assim, agora, cristãos? Imagine o horror que teria se apoderado dele! Deve ser o mesmo sobre nós – sobre qualquer coisa que tente redefinir o casamento de um homem com uma mulher... imagine o que vai além disso.
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