INTRODUÇÃO
Foi impressionante visitar o monumento em homenagem aos caídos durante a Segunda Guerra Mundial em Washington, D.C., e ver 4.000 estrelas na parede, cada uma simbolizando cem seres humanos mortos no conflito. Os Estados Unidos perderam 400.000 vidas durante esta guerra. O Canadá perdeu 40.000. Mas se levantássemos um monumento similar em homenagem às crianças não nascidas, assassinadas pelo aborto, três destas paredes seriam necessárias para incluir os abortos provocados em um único ano. Três vezes o número de crianças não nascidas perdem a vida em um só ano, isso é mais do que o número de soldados americanos que morreram na Segunda Guerra Mundial.
No ano de 2005, hospitais e diversas clínicas realizaram 1.2 milhões de abortos nos Estados Unidos e mais de 96.000 no Canadá. Duas de cada 10 gestações terminaram com um aborto provocado. Nos abortos legais realizados nos Estados Unidos (desde 1973) e no Canadá (desde 1969), já morreram mais de 53 milhões de crianças não nascidas. Para colocar isto em perspectiva, a população total de ambos países soma em torno de 350 milhões. Os abortos legais já causaram a morte do equivalente a um sétimo da nossa população.
Os historiadores estimam que o Holocausto Nazista exterminou entre 10 e 11 milhões de pessoas, incluindo seis milhões de judeus. Muitos deles eram crianças. O aborto legal nos Estados Unidos e no Canadá já causou o extermínio de cinco vezes mais vidas do que aquelas que foram ceifadas no Holocausto.
Temos que ter uma base racional e ética sólida para sancionar legalmente a morte de 53 milhões de vidas em nossas nações, sem contar com os mais de um milhão que morrem a cada ano. Como seriam hoje estas milhões de pessoas, desde infantes até adultos maiores de 40 anos, se estivessem vivas? Seu extermínio da face da Terra exige uma justificação convincente.
Qual é a justificação para o aborto legal? Vamos examinar os argumentos usados por aqueles que promovem o aborto, para determinar quão sólido é o fundamento sobre a qual esta prática é baseada.
ARGUMENTOS A FAVOR DO ABORTO
Argumento 1: O feto não é uma vida humana, portanto, pode ser exterminado.
Embora o feto chegará a ser uma criatura humana, este argumento diz que ele ainda não o é. Mas a ciência indica o contrário. Primeiro, as palavras embrião e feto são palavras gregas e latinas que simplesmente significam “jovem”. Quando os cientistas falam de um embrião ou feto humano, eles não estão colocando na categoria de outras espécies, mas simplesmente usando terminologia técnica para esta etapa de desenvolvimento, tais como as palavras: infante, criança, adolescente e adulto. O feto humano é um ser humano jovem no útero. É natural e correto que as mães falem sobre o feto como “meu bebê” ou que livros sobre a gravidez digam “seu filho”.
Em segundo lugar, desde a concepção, o bebê tem seu próprio código genético que o identifica como um homo sapiens, um membro da raça humana. O DNA do bebê tem um código diferente da mãe, isso prova que ele não faz parte do corpo dela, mas que é um indivíduo diferente que vive temporariamente dentro dela.
Em terceiro lugar, a imagem do ultrassom mostra que desde o início do processo de desenvolvimento, o embrião cresce produzindo uma forma humana reconhecível. A criatura não é uma massa de tecido, mas um bebê altamente complexo, embora pequeno. Nas três primeiras semanas após a concepção, o coração do bebê começa a bater e a bombear o sangue através do corpo. Nas seis semanas, podem ser captadas ondas cerebrais. Praticamente todos os abortos cirúrgicos silenciam um coração que bate e um cérebro que funciona. Com oito semanas, braços, mãos, pernas e pés estão bem desenvolvidos, e estão começando a formar as impressões digitais. A onze semanas de concepção já funcionam todos os órgãos do bebê. Ao final do primeiro trimestre, o bebê chuta, gira, revira-se, abre e fecha as mãos e faz expressões faciais.
De acordo com qualquer padrão razoável, um feto humano é um ser humano jovem. Matar a um bebê inocente é assassinato. É por isso que os produtos do aborto são tão grotescos: mãos, pés e cabeças decepados embrulhados em sacolas e descartados. Em um nível intuitivo, nós sabemos disso. As pessoas podem ignorar a imagem de carne bovina ou um pé de galinha, mas as imagens do aborto nos horrorizam e ferem porque são imagens de um corpo humano desmembrado. As crianças não nascidas são seres humanos preciosos e devem ser protegidos.
Argumento 2: O feto não é completamente humano, pois depende de outro.
Será que um bebê canguru não é canguru porque vive na bolsa de sua mãe? Claro que é. O lugar ou situação de um ser humano não o torna menos humano. Os argumentos a favor do aborto fundados na dependência são baseados em uma premissa perigosa. Se uma dependência torna a pessoa menos humana, então nessa premissa teríamos o direito de assassinar a infantes fora do útero, as pessoas em diálise, os deficientes e os idosos. Temos o direito de assassinar a todas as pessoas que dependem de alguém ou de alguma coisa?
Pense em duas mães que estão com vários meses de gravidez. Um bebê nasce prematuro, enquanto que o outro permanece no útero. O primeiro depende inteiramente da intervenção médica para sobreviver, e o outro do corpo de sua mãe. É correto matar o bebê que nasceu prematuramente? Qual seria a reação dos funcionários do hospital se a mãe entrasse na sala de neonatologia com uma faca para atacar seu filho? Se não está correto matar o bebê prematuro, então por que está correto matar o bebê no útero? Ambos são dependentes. Ambos são infantes. Ambos devem ter proteção legal.
Argumento 3: A mulher tem o direito de fazer o que quiser com o seu corpo.
Estamos de acordo na autoridade das mulheres sobre seu corpo. Mas há limites para o que podemos fazer corretamente com o nosso corpo, incluindo causar dano a outro ser humano. O aborto envolve a morte de seu filho. Argumentar que o feto vivo é parte do corpo da mãe é contra toda a lógica. Qual órgão do seu corpo é? Quando bate o coração da criança não nascida, de quem é o coração? Quando se pode monitorar as ondas do cérebro do feto, de quem é o cérebro? Cada gravidez envolve duas pessoas, uma mãe e um filho; devem ser tidos em conta os direitos de ambos.
Quando falamos dos direitos de dois seres humanos, devemos ter cuidado para que a pessoa com mais poder não se aproveite da mais fraca. É responsabilidade do forte proteger o fraco. E é especialmente a responsabilidade da mãe proteger o seu filho. Alguma mãe tem o direito de fazer o que quiser com seus filhos? Pelo contrário, ela tem a responsabilidade de cuidar deles ou de assegurar-se que alguém cuide deles. É verdade que a maternidade exige sacrifício. Mas devemos esperar que os adultos sacrifiquem os seus recursos e liberdades quando isso é necessário para preservar a vida das crianças.
Argumento 4: O sexo e a reprodução são questões particulares nas quais não devemos interferir.
Acreditamos que a sexualidade humana é um assunto muito particular: expressa a profunda intimidade compartilhada por marido e mulher. Mas o sexo tem consequências muito públicas. A forma como nós praticamos nossa sexualidade contribui para a contenção ou para a propagação de doenças, para tratamento das mulheres com respeito ou com violência, para o cuidado ou para o abuso sexual de crianças e para o fortalecimento ou para a dissolução das famílias que são a base da sociedade. Portanto, a sociedade tem um interesse convincente para salvaguardar a dignidade do matrimônio, das mulheres e das crianças no que diz respeito ao sexo e à reprodução.
Alguns argumentam que a Constituição dos Estados Unidos garante a privacidade em assuntos sexuais e reprodutivos. Leia a Constituição e você não vai encontrar nela esse direito. Na verdade, a Quarta Emenda reconhece o direito de estar salvaguardados contra “pesquisas e apreensões arbitrarias” sem uma “ordem judicial”, mas não diz nada sobre sexualidade, crianças ou abortos.
Alguém pode dizer sarcasticamente: “Eu pensava o que eu estava fazendo no meu quarto era um assunto meu”. Mas se houver um motivo razoável para acreditar que você está matando uma criança em seu quarto, então se torna uma questão em que há necessidade de intervenção pública por parte das autoridades. A privacidade não é um direito moral absoluto. Mas assassinar uma criança é um mal moral absoluto.
Argumento 5: Fazer que o aborto seja ilegal forçaria as mulheres a procurar abortos perigosos e clandestinos.
A ideia do aborto feito cruelmente, resultando na morte da mãe por hemorragia (e em um bebê morto) tem sido amplamente utilizada pelos defensores do aborto legal. Mas, na realidade, 90% dos abortos realizados antes que esse procedimento fosse legalizado eram feitos por médicos em seus consultórios. A ideia de que milhares de mulheres morriam anualmente antes que o aborto fosse legalizado é um mito. Em 1972, trinta e nove mulheres morreram nos Estados Unidos por abortos provocados. O American Journal of Obstetrics and Gynecology [Jornal Americano de Obstetrícia e Ginecologia] (26 de março 2010) admite que a legalização do aborto não teve “maior impacto em [reduzir] o número de mulheres que morrem devido a um aborto nos Estados Unidos... o aborto legal é agora a principal causa de mortes maternas relacionadas com o aborto nos Estados Unidos”.
Cada mulher que morre de um aborto falho é uma perda trágica. Mas assim é também cada criatura que morre por um aborto bem-sucedido. Não deveríamos legalizar a morte de bebês a fim de tornar o processo mais seguro para os adultos envolvidos. Além disso, o aborto tem riscos médicos e psicológicos; torná-lo ilegal na verdade protegeria a vida e a saúde de milhões de mulheres.
Argumento 6: Melhor morrer antes do nascimento do que viver como um filho indesejado.
Em primeiro lugar, dar a um ser humano o poder de determinar o futuro da vida de outro indivíduo baseado no que é “desejado” ou “indesejável” é muito perigoso. Será que temos o direito de matar alguém com base apenas me nossa vontade, se desejamos ou não? Este ponto de vista leva as sociedades de alta cultura a cometer genocídio contra aqueles que sofrem problemas mentais e às raças “inferiores”.
Em segundo lugar, a criança jamais seria desejada por alguém? Muitas mães não desejavam a gravidez, mas elas querem a criança, especialmente após o nascimento. Existem também muitos pais que querem adotar uma criança. Dizer que a criança é indesejada agora por sua mãe não significa que nunca será amada.
Em terceiro lugar, este argumento tem implicações terríveis para as crianças “não desejadas” já nascidas. Se é melhor matar o bebê que deixar do que permitir que ele não seja desejado, então o que isso implica para as crianças que não têm um lar?
O que dizer de crianças que possuem pais abusivos? Seria bom matar essas crianças? Claro que não; o amor nos chama a ensinar aos seus pais a amarem e a cuidar delas ou a encontrar pais adotivos. Da mesma forma, se as crianças não nascidas realmente “são indesejadas”, devemos tentar ajudar a suas mães a vê-las de uma forma diferente ou ajudar as crianças a encontrarem pais adotivos. Você sabia que Steve Jobs não foi desejado pela sua mãe que lhe deu à luz e nem pelos pais adotivos que o governo escolheu para ele inicialmente?
Em quarto lugar, o que nos dá o direito de decidir se é melhor que alguém viva ou morra? Somos donos da vida dessa pessoa? Sabemos com certeza o futuro da criança? Não acontece que muitas crianças “indesejadas” superem suas deficiências físicas ou emocionais em sua juventude e vivem como cidadãos adultos úteis? Não acontece que muitas pessoas, mesmo passando por situações dolorosas, escolhem sabiamente viver em vez de se matar?
No final das contas, o argumento que parece compassivo para a criança “indesejada” não faz sentido. Na melhor das hipóteses, é ilógico; no pior dos casos, é a máscara que esconde um egoísmo fatal.
Na verdade, todos os que participam de um aborto impõe sua maneira de pensar pela força, principalmente sobre a criança não nascida, na verdade com tanta força que resulta em sua morte. Se a criança não nascida é um ser humano, então, como alguém pode ser acusado de impor pela força a sua maneira de pensar sobre outro, quando se está tentando proteger a vida da criança de mãos assassinas? Se a criança não-nascida é um ser humano, então o aborto é homicídio. Se o aborto é homicídio, devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para evitá-lo.
A Declaração da Independência diz: “Consideramos estas verdades como autoevidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade; que para assegurar esses direitos são instituídos entre os homens governos que derivam seus poderes legítimos do consentimento dos governados”. Atualmente, os direitos de alguns são mais “iguais” do que os outros porque a sua “liberdade e busca da felicidade” aparentemente justificam tirar a “vida” de outros. Isso compromete seriamente a base política de nossa nação. Mas se as pessoas usam seu poder de voto popular para impelir o governo a proteger o direito à vida dos seres humanos, simplesmente estão fazendo o que a Declaração da Independência diz o que deveriam fazer.
Depois de examinar criticamente sete argumentos básicos em favor do aborto, podemos honestamente chegar a uma conclusão racional baseada na ética de que o aborto deveria ser legal? Estes são argumentos pouco fortes para assassinar a cada ano mais de um milhão de bebês. Isto é especialmente evidente quando consideramos que menos de 5% dos abortos provocados são por estupro, incesto ou perigo para a vida da mãe. Mais de 95% dos abortos se realizam por razões econômicas, por trabalho, por conveniência pessoal ou por outras razões egoístas. Estas razões são convincentes para matar seres humanos?
Até agora, nos concentramos em refutar os argumentos dos defensores do aborto com o próprio raciocínio deles. Mas o aborto compreende muitos outros aspectos tais como: os gritos do não nascido ao sofrer a dor e a morte; cortar, fatiar, queimar, envenenar e sangrar, acompanham o aborto; o trágico enterro do não nascido em latas de lixo ou a sua cremação em incineradores; a ansiedade pós-parto, depressão, sentimento de perda, raiva, arrependimento, pesadelos, infertilidade e flashbacks das mães assassinas.
Voltemo-nos agora a um tribunal superior que o raciocínio e do que as consequências humanas. Somos chamados para uma tarefa ainda mais importante, declarar positivamente as verdades e as proclamações da Palavra de Deus que estão envolvidas direta ou indiretamente, sobre a questão do aborto. “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Isaías 8:20).
A maioria das pessoas sabem que os seres humanos estão em um nível diferente do nível dos animais. Até a teoria da evolução não pode apagar completamente o senso que a maioria das pessoas têm sobre o quão sagrada é a vida humana. Os animais são bonitos e valiosos, contudo, para salvar uma criança, mataríamos um urso pardo e não nos sentiríamos culpados em nossa consciência por isso.
A Bíblia explica esse sentido da santidade da vida humana, quando se diz em Gênesis 1:27: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Homens e mulheres, independentemente de qual seja a sua idade, tem um valor especial bem acima dos pássaros e dos animais (Mateus 10:31), porque são a criação mais especial de Deus sobre a Terra. Devemos valorizar e proteger os seres humanos, não só porque isso é útil, mas porque eles representam a glória de Deus de uma forma única.
Sabemos que não é correto “brincar de ser Deus” com a vida dos outros. Entendemos que não temos o direito de tratar as pessoas como se fosse nossa possessão e fazer o que quiséssemos com elas. A Bíblia explica isso dizendo que Deus é o Rei que possui e governa toda a Sua criação (Salmo 95:3-5). Só Ele tem o direito soberano de fazer a sua vontade com as pessoas (Daniel 4:35).
Quando Deus criou o mundo não havia morte ou dor; “e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31). A morte veio pela desobediência de Adão à lei de Deus (Gênesis 2:17; Romanos 5:12). Mas, mesmo assim, Deus manteve a Sua soberania sobre a vida e a morte humana. “O SENHOR é o que tira a vida e a dá” (1 Samuel 2:6). É Deus quem governa sobre as habilidades e deficiências humanas. “Respondeu-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR?” (Êxodo 4:11). Então a Bíblia nos ensina a receber cada vida humana, como vinda da mão de Deus, mesmo que seja um bebê nascido com uma deficiência ou em uma situação familiar difícil. Deus tem formas maravilhosas para tirar algo bom do mal (Gênesis 50:20). Devemos nos curvar à sua autoridade como Rei do universo e não tentar brincar de ser Deus com a vida dos outros.
O aborto se transfere para território divino quando o homem toma em suas próprias mãos o que pertence somente ao Senhor. Insulta a Sua soberania e tolamente toma a autoridade de decidir coisas para as quais não tem a sabedoria devida. Considere o seguinte caso histórico. O pai tem sífilis, a mãe tem tuberculose. Eles já tiveram quatro filhos, o primeiro é cego, o segundo morreu, o terceiro é surdo e mudo e o quarto tem tuberculose. A mãe está grávida de seu quinto filho. Você lhe faria um aborto? Se sim, então você teria matado Ludwig van Beethoven (1770-1827), famoso compositor e pianista alemão! Brincar de ser Deus com as vidas humanas produz resultados trágicos.
Mesmo após a Queda, embora o coração do homem tenha sido totalmente corrompido pelo pecado (Gênesis 6:5), Deus nos disse que ainda existem vestígios de Sua imagem (Tiago 3:9); e, portanto, temos de tratar a vida humana com grande respeito. Deus diz em Gênesis 9:6: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem”. O Sexto dos Dez Mandamentos diz: “Não matarás” (Êxodo 20:13), que no seu contexto significa que não devemos tirar uma vida humana inocente. Matar inocentes é atacar a Deus, porque eles carregam Sua imagem sagrada.
Deus forma pessoalmente a cada criança no útero. Jó disse: “O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida” (Jó 33:4). Davi exultou: “Pois... cobriste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139:13-14). O que Deus forma no útero é um “eu”, uma pessoa que tem uma “alma”.
Davi também confessou: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). Desde a sua concepção no ventre, Davi estava “em pecado”. Os objetos e os animais não podem ser pecadores; eles não têm nenhuma responsabilidade moral. Somente o ser humano pode ser pecador. Portanto, a triste realidade de que estamos em um estado pecaminoso da concepção prova que a concepção cria a pessoa humana. Aborto é um ataque contra a pessoa humana com a intenção de matá-la. É homicídio premeditado.
O Senhor tem uma compaixão especial pelo fraco, seja ele um estrangeiro, uma viúva ou um órfão, quando é oprimido por aqueles que têm mais poder do que ele. Ele ameaça com Sua ira mortal contra os opressores (Êxodo 22:21-27). Não há ninguém mais vulnerável do que uma criança antes do nascimento.
Por esta razão, Deus incluiu esta lei em Sua legislação para Israel: “Se alguns homens pelejarem, e um ferir uma mulher grávida, e for causa de que aborte, porém não havendo outro dano, certamente será multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher, e julgarem os juízes. Mas se houver morte, então darás vida por vida” (Êxodo 21:22-23). A palavra “aborte” significa literalmente “sua haste sai”. A lei prevê um dano acidental da mulher grávida e que resulta em um aborto, quando dois homens estão lutando. Se Deus decretou a punição de um aborto provocado acidentalmente, Quanto mais castigará o aborto intencional? Deus aborrece todos os crimes contra as mulheres, mas uma violência contra as mulheres grávidas O provoca a castigar especialmente a nação ofensora (Amós 1:13).
Isto não justifica a vingança pessoal ou os atos de violência contra aqueles que realizam abortos. Mas sim nos adverte que, se a nossa nação não protege os inocentes, então Deus vai tratar a nossa nação severamente. O senador Jesse Helms[1] escreveu: “O nível mais alto de cultura moral é aquele em que o povo de uma nação reconhece e protege a santidade da vida humana inocente... Grandes nações morrem quando deixam de viver de acordo com os grandes princípios que lhes deu visão e força para superar a tirania e a degradação humana... Nenhuma nação pode permanecer livre ou exercer uma liderança moral quando adota a doutrina da morte”.
Quando declaramos as proclamações de Deus contra o aborto, fazemos isso com tristeza, sabendo que todos temos pecado de muitas maneiras (Romanos 3:23). Falamos como pecadores que fomos objetos da misericórdia de Deus, convidando outros pecadores a encontrar a mesma misericórdia. Para isso, Deus enviou Cristo para morrer pelos pecadores e para ressuscitar: “Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados” (Atos 5:31).
Em Cristo Jesus, há uma promessa de perdão para todos os que vêm a Ele. Mas a promessa é associada com o mandato de arrepender-se (Lucas 24:47). O arrependimento é o dom de Deus para a salvação do pecador por meio do qual, tendo um senso do mal do seu pecado e de quão boa é a misericórdia de Deus em Cristo, se converte do pecado para Deus com dor e aborrecimento pelo seu pecado e com a firme decisão de obedecer a Deus com a ajuda de Sua graça.
Talvez você já tenha sido participante de um aborto: um pai que encorajou que se matasse seu filho, uma mãe que se submeteu aos instrumentos mortais, um médico ou enfermeiro que realizou o procedimento, um defensor do aborto como uma política pública, ou simplesmente um cidadão silencioso que tem permitido que milhões de crianças morram sem levantar a sua voz em protesto. Se este for o seu caso, então você é culpado de derramar sangue contra a imagem de Deus.
Mas o Senhor Jesus Cristo convida: “Vinde então, e argui-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Isaías 1:18). Ele estende as mãos perfuradas pelos pregos, chamando a “vir a mim” e prometendo: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar” (Isaías 55:7).
1. Ore. O ato mais poderoso sobre a Terra é cair de joelhos e orar persistentemente pedindo ao Senhor para intervir no mundo e para abolir o aborto de todas as nações. Ore para que o Senhor dê aos juízes da Suprema Corte coragem para defender a santidade da vida e anular a lei Roe vs. Wade[2] apesar do que o povo diga. Ore para que os médicos que realizam abortos se arrependam e voltem a se sentirem inspirados pelo seu juramento de proteger a vida. Ore para que enfermeiros e administradores hospitalares conduzam outras pessoas que trabalham com eles no sentido de prestar um cuidado que realmente promova à vida.
Ore pelos pais que perderam um filho pelo aborto provocado e cujos corações estão fechados para a misericórdia de Deus. Ore para que Deus conceda a confissão, o arrependimento e o abraço que sara do perdão divino. Ore por aqueles que são oprimidos pela dor e pelo remorso e que gostariam de ter uma outra oportunidade de mudar a sua decisão. Ore para que Deus cure o coração quebrantado e ajude a ajudar os outros não passar por um aborto.
Ore por aqueles que são tentados a recorrer a um aborto, que Deus lhes impeça de matar seu próprio filho. Ore pelas organizações que trabalham para proteger a vida. E tenham a coragem de orar para que Deus julgue aqueles estão em posições de liderança e que O desobedecem.
2. Eduque. O aborto floresce por causa da desinformação e da falta de raciocínio. Examine as Escrituras e encoraje outros a fazerem o mesmo, a fim de evangelizar as pessoas e educa-las nos ensinamentos claramente definidos nas Escrituras sobre a santidade da vida e sobre quão atroz é destruir uma vida sem uma causa boa e justa. Se mantenha a par das questões e dos debates. Leia um bom livro sobre o aborto e ensine a verdade aos jovens e a outros. Um livro antigo, mas ainda útil é The Right to Live, TheRight to Die (O Direito de Viver, o Direito a Morrer) por C. Everett Koop.[3] Um mais recente é ProLife Answers to ProChoice Arguments (Respostas Pró-Vida aos Argumentos Pró-Escolha) por Randy Alcorn.[4]
3. Apoie. Contribua financeiramente para organizações que se opõem ao aborto e aos centros de gravidez que educam e aconselham as mulheres sobre a criatura que cresce dentro delas. Não apoie financeiramente as causas e as pessoas que apoiam o Holocausto de abortos.
4. Defenda. Deixe que sua voz seja ouvida, escrevendo para jornais, revistas e clérigos que apoiam o aborto, como também para os seus representantes eleitos. Ligue para o seu representante e senador ou membro do Parlamento e pergunte qual é sua posição sobre o aborto. Respeitosamente, mas com firmeza, explique por que você se opõe.
5. Colabore. Doe seu tempo, seus talentos e seus recursos financeiros para ajudar as mães solteiras carentes, os programas de adoção ou os ministérios que ajudam as mulheres que sofrem pelo sentimento de culpa após um aborto. Considere a possibilidade de adotar crianças não desejadas, se ofereça para trabalhar como voluntário em centros de gravidez de risco, ou para participar na tarefa de aconselhamento à frente de clínicas de aborto. Ministre com compaixão e misericórdia para com aqueles que precisam disso.
6. Vote. Vá às urnas cada vez que houver a oportunidade de votar por candidatos que se opõem ao aborto. Embora existam outras questões que afetam a votação, nenhuma pode ser mais importante do que isto.
Em terceiro lugar, este argumento tem implicações terríveis para as crianças “não desejadas” já nascidas. Se é melhor matar o bebê que deixar do que permitir que ele não seja desejado, então o que isso implica para as crianças que não têm um lar?
O que dizer de crianças que possuem pais abusivos? Seria bom matar essas crianças? Claro que não; o amor nos chama a ensinar aos seus pais a amarem e a cuidar delas ou a encontrar pais adotivos. Da mesma forma, se as crianças não nascidas realmente “são indesejadas”, devemos tentar ajudar a suas mães a vê-las de uma forma diferente ou ajudar as crianças a encontrarem pais adotivos. Você sabia que Steve Jobs não foi desejado pela sua mãe que lhe deu à luz e nem pelos pais adotivos que o governo escolheu para ele inicialmente?
Em quarto lugar, o que nos dá o direito de decidir se é melhor que alguém viva ou morra? Somos donos da vida dessa pessoa? Sabemos com certeza o futuro da criança? Não acontece que muitas crianças “indesejadas” superem suas deficiências físicas ou emocionais em sua juventude e vivem como cidadãos adultos úteis? Não acontece que muitas pessoas, mesmo passando por situações dolorosas, escolhem sabiamente viver em vez de se matar?
No final das contas, o argumento que parece compassivo para a criança “indesejada” não faz sentido. Na melhor das hipóteses, é ilógico; no pior dos casos, é a máscara que esconde um egoísmo fatal.
Argumento 7: Os defensores pró-vida estão tentando impor suas crenças aos outros.
Na verdade, todos os que participam de um aborto impõe sua maneira de pensar pela força, principalmente sobre a criança não nascida, na verdade com tanta força que resulta em sua morte. Se a criança não nascida é um ser humano, então, como alguém pode ser acusado de impor pela força a sua maneira de pensar sobre outro, quando se está tentando proteger a vida da criança de mãos assassinas? Se a criança não-nascida é um ser humano, então o aborto é homicídio. Se o aborto é homicídio, devemos fazer tudo o que está ao nosso alcance para evitá-lo.
A Declaração da Independência diz: “Consideramos estas verdades como autoevidentes, que todos os homens são criados iguais, que são dotados pelo Criador de certos direitos inalienáveis, que entre estes são vida, liberdade e busca da felicidade; que para assegurar esses direitos são instituídos entre os homens governos que derivam seus poderes legítimos do consentimento dos governados”. Atualmente, os direitos de alguns são mais “iguais” do que os outros porque a sua “liberdade e busca da felicidade” aparentemente justificam tirar a “vida” de outros. Isso compromete seriamente a base política de nossa nação. Mas se as pessoas usam seu poder de voto popular para impelir o governo a proteger o direito à vida dos seres humanos, simplesmente estão fazendo o que a Declaração da Independência diz o que deveriam fazer.
Depois de examinar criticamente sete argumentos básicos em favor do aborto, podemos honestamente chegar a uma conclusão racional baseada na ética de que o aborto deveria ser legal? Estes são argumentos pouco fortes para assassinar a cada ano mais de um milhão de bebês. Isto é especialmente evidente quando consideramos que menos de 5% dos abortos provocados são por estupro, incesto ou perigo para a vida da mãe. Mais de 95% dos abortos se realizam por razões econômicas, por trabalho, por conveniência pessoal ou por outras razões egoístas. Estas razões são convincentes para matar seres humanos?
Até agora, nos concentramos em refutar os argumentos dos defensores do aborto com o próprio raciocínio deles. Mas o aborto compreende muitos outros aspectos tais como: os gritos do não nascido ao sofrer a dor e a morte; cortar, fatiar, queimar, envenenar e sangrar, acompanham o aborto; o trágico enterro do não nascido em latas de lixo ou a sua cremação em incineradores; a ansiedade pós-parto, depressão, sentimento de perda, raiva, arrependimento, pesadelos, infertilidade e flashbacks das mães assassinas.
Voltemo-nos agora a um tribunal superior que o raciocínio e do que as consequências humanas. Somos chamados para uma tarefa ainda mais importante, declarar positivamente as verdades e as proclamações da Palavra de Deus que estão envolvidas direta ou indiretamente, sobre a questão do aborto. “À lei e ao testemunho! Se eles não falarem segundo esta palavra, é porque não há luz neles” (Isaías 8:20).
PROCLAMAÇÕES DA PALAVRA DE DEUS
Proclamação 1: Deus criou a humanidade à Sua própria imagem.
A maioria das pessoas sabem que os seres humanos estão em um nível diferente do nível dos animais. Até a teoria da evolução não pode apagar completamente o senso que a maioria das pessoas têm sobre o quão sagrada é a vida humana. Os animais são bonitos e valiosos, contudo, para salvar uma criança, mataríamos um urso pardo e não nos sentiríamos culpados em nossa consciência por isso.
A Bíblia explica esse sentido da santidade da vida humana, quando se diz em Gênesis 1:27: “E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; homem e mulher os criou”. Homens e mulheres, independentemente de qual seja a sua idade, tem um valor especial bem acima dos pássaros e dos animais (Mateus 10:31), porque são a criação mais especial de Deus sobre a Terra. Devemos valorizar e proteger os seres humanos, não só porque isso é útil, mas porque eles representam a glória de Deus de uma forma única.
Proclamação 2: Deus, como Rei soberano, governa a vida e a morte, as habilidades e as deficiências.
Sabemos que não é correto “brincar de ser Deus” com a vida dos outros. Entendemos que não temos o direito de tratar as pessoas como se fosse nossa possessão e fazer o que quiséssemos com elas. A Bíblia explica isso dizendo que Deus é o Rei que possui e governa toda a Sua criação (Salmo 95:3-5). Só Ele tem o direito soberano de fazer a sua vontade com as pessoas (Daniel 4:35).
Quando Deus criou o mundo não havia morte ou dor; “e eis que era muito bom” (Gênesis 1:31). A morte veio pela desobediência de Adão à lei de Deus (Gênesis 2:17; Romanos 5:12). Mas, mesmo assim, Deus manteve a Sua soberania sobre a vida e a morte humana. “O SENHOR é o que tira a vida e a dá” (1 Samuel 2:6). É Deus quem governa sobre as habilidades e deficiências humanas. “Respondeu-lhe o SENHOR: Quem fez a boca do homem? Ou quem faz o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o SENHOR?” (Êxodo 4:11). Então a Bíblia nos ensina a receber cada vida humana, como vinda da mão de Deus, mesmo que seja um bebê nascido com uma deficiência ou em uma situação familiar difícil. Deus tem formas maravilhosas para tirar algo bom do mal (Gênesis 50:20). Devemos nos curvar à sua autoridade como Rei do universo e não tentar brincar de ser Deus com a vida dos outros.
O aborto se transfere para território divino quando o homem toma em suas próprias mãos o que pertence somente ao Senhor. Insulta a Sua soberania e tolamente toma a autoridade de decidir coisas para as quais não tem a sabedoria devida. Considere o seguinte caso histórico. O pai tem sífilis, a mãe tem tuberculose. Eles já tiveram quatro filhos, o primeiro é cego, o segundo morreu, o terceiro é surdo e mudo e o quarto tem tuberculose. A mãe está grávida de seu quinto filho. Você lhe faria um aborto? Se sim, então você teria matado Ludwig van Beethoven (1770-1827), famoso compositor e pianista alemão! Brincar de ser Deus com as vidas humanas produz resultados trágicos.
Proclamação 3: Deus proíbe o assassinato da vida humana inocente.
Mesmo após a Queda, embora o coração do homem tenha sido totalmente corrompido pelo pecado (Gênesis 6:5), Deus nos disse que ainda existem vestígios de Sua imagem (Tiago 3:9); e, portanto, temos de tratar a vida humana com grande respeito. Deus diz em Gênesis 9:6: “Quem derramar o sangue do homem, pelo homem o seu sangue será derramado; porque Deus fez o homem conforme a sua imagem”. O Sexto dos Dez Mandamentos diz: “Não matarás” (Êxodo 20:13), que no seu contexto significa que não devemos tirar uma vida humana inocente. Matar inocentes é atacar a Deus, porque eles carregam Sua imagem sagrada.
Proclamação 4: Deus revela a pessoa humana que é a criança nascida
Deus forma pessoalmente a cada criança no útero. Jó disse: “O Espírito de Deus me fez; e a inspiração do Todo-Poderoso me deu vida” (Jó 33:4). Davi exultou: “Pois... cobriste-me no ventre de minha mãe. Eu te louvarei, porque de um modo assombroso, e tão maravilhoso fui feito; maravilhosas são as tuas obras, e a minha alma o sabe muito bem” (Salmo 139:13-14). O que Deus forma no útero é um “eu”, uma pessoa que tem uma “alma”.
Davi também confessou: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Salmo 51:5). Desde a sua concepção no ventre, Davi estava “em pecado”. Os objetos e os animais não podem ser pecadores; eles não têm nenhuma responsabilidade moral. Somente o ser humano pode ser pecador. Portanto, a triste realidade de que estamos em um estado pecaminoso da concepção prova que a concepção cria a pessoa humana. Aborto é um ataque contra a pessoa humana com a intenção de matá-la. É homicídio premeditado.
Proclamação 5: Deus declara seu juízo contra os assassinos dos não nascidos.
O Senhor tem uma compaixão especial pelo fraco, seja ele um estrangeiro, uma viúva ou um órfão, quando é oprimido por aqueles que têm mais poder do que ele. Ele ameaça com Sua ira mortal contra os opressores (Êxodo 22:21-27). Não há ninguém mais vulnerável do que uma criança antes do nascimento.
Por esta razão, Deus incluiu esta lei em Sua legislação para Israel: “Se alguns homens pelejarem, e um ferir uma mulher grávida, e for causa de que aborte, porém não havendo outro dano, certamente será multado, conforme o que lhe impuser o marido da mulher, e julgarem os juízes. Mas se houver morte, então darás vida por vida” (Êxodo 21:22-23). A palavra “aborte” significa literalmente “sua haste sai”. A lei prevê um dano acidental da mulher grávida e que resulta em um aborto, quando dois homens estão lutando. Se Deus decretou a punição de um aborto provocado acidentalmente, Quanto mais castigará o aborto intencional? Deus aborrece todos os crimes contra as mulheres, mas uma violência contra as mulheres grávidas O provoca a castigar especialmente a nação ofensora (Amós 1:13).
Isto não justifica a vingança pessoal ou os atos de violência contra aqueles que realizam abortos. Mas sim nos adverte que, se a nossa nação não protege os inocentes, então Deus vai tratar a nossa nação severamente. O senador Jesse Helms[1] escreveu: “O nível mais alto de cultura moral é aquele em que o povo de uma nação reconhece e protege a santidade da vida humana inocente... Grandes nações morrem quando deixam de viver de acordo com os grandes princípios que lhes deu visão e força para superar a tirania e a degradação humana... Nenhuma nação pode permanecer livre ou exercer uma liderança moral quando adota a doutrina da morte”.
Proclamação 6: Deus chama aos pecadores ao arrependimento para a remissão dos pecados.
Quando declaramos as proclamações de Deus contra o aborto, fazemos isso com tristeza, sabendo que todos temos pecado de muitas maneiras (Romanos 3:23). Falamos como pecadores que fomos objetos da misericórdia de Deus, convidando outros pecadores a encontrar a mesma misericórdia. Para isso, Deus enviou Cristo para morrer pelos pecadores e para ressuscitar: “Deus com a sua destra o elevou a Príncipe e Salvador, para dar a Israel o arrependimento e a remissão dos pecados” (Atos 5:31).
Em Cristo Jesus, há uma promessa de perdão para todos os que vêm a Ele. Mas a promessa é associada com o mandato de arrepender-se (Lucas 24:47). O arrependimento é o dom de Deus para a salvação do pecador por meio do qual, tendo um senso do mal do seu pecado e de quão boa é a misericórdia de Deus em Cristo, se converte do pecado para Deus com dor e aborrecimento pelo seu pecado e com a firme decisão de obedecer a Deus com a ajuda de Sua graça.
Talvez você já tenha sido participante de um aborto: um pai que encorajou que se matasse seu filho, uma mãe que se submeteu aos instrumentos mortais, um médico ou enfermeiro que realizou o procedimento, um defensor do aborto como uma política pública, ou simplesmente um cidadão silencioso que tem permitido que milhões de crianças morram sem levantar a sua voz em protesto. Se este for o seu caso, então você é culpado de derramar sangue contra a imagem de Deus.
Mas o Senhor Jesus Cristo convida: “Vinde então, e argui-me, diz o SENHOR: ainda que os vossos pecados sejam como a escarlata, eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã” (Isaías 1:18). Ele estende as mãos perfuradas pelos pregos, chamando a “vir a mim” e prometendo: “Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem maligno os seus pensamentos, e se converta ao SENHOR, que se compadecerá dele; torne para o nosso Deus, porque grandioso é em perdoar” (Isaías 55:7).
COMO EU POSSO FAZER A DIFERENÇA?
1. Ore. O ato mais poderoso sobre a Terra é cair de joelhos e orar persistentemente pedindo ao Senhor para intervir no mundo e para abolir o aborto de todas as nações. Ore para que o Senhor dê aos juízes da Suprema Corte coragem para defender a santidade da vida e anular a lei Roe vs. Wade[2] apesar do que o povo diga. Ore para que os médicos que realizam abortos se arrependam e voltem a se sentirem inspirados pelo seu juramento de proteger a vida. Ore para que enfermeiros e administradores hospitalares conduzam outras pessoas que trabalham com eles no sentido de prestar um cuidado que realmente promova à vida.
Ore pelos pais que perderam um filho pelo aborto provocado e cujos corações estão fechados para a misericórdia de Deus. Ore para que Deus conceda a confissão, o arrependimento e o abraço que sara do perdão divino. Ore por aqueles que são oprimidos pela dor e pelo remorso e que gostariam de ter uma outra oportunidade de mudar a sua decisão. Ore para que Deus cure o coração quebrantado e ajude a ajudar os outros não passar por um aborto.
Ore por aqueles que são tentados a recorrer a um aborto, que Deus lhes impeça de matar seu próprio filho. Ore pelas organizações que trabalham para proteger a vida. E tenham a coragem de orar para que Deus julgue aqueles estão em posições de liderança e que O desobedecem.
2. Eduque. O aborto floresce por causa da desinformação e da falta de raciocínio. Examine as Escrituras e encoraje outros a fazerem o mesmo, a fim de evangelizar as pessoas e educa-las nos ensinamentos claramente definidos nas Escrituras sobre a santidade da vida e sobre quão atroz é destruir uma vida sem uma causa boa e justa. Se mantenha a par das questões e dos debates. Leia um bom livro sobre o aborto e ensine a verdade aos jovens e a outros. Um livro antigo, mas ainda útil é The Right to Live, TheRight to Die (O Direito de Viver, o Direito a Morrer) por C. Everett Koop.[3] Um mais recente é ProLife Answers to ProChoice Arguments (Respostas Pró-Vida aos Argumentos Pró-Escolha) por Randy Alcorn.[4]
3. Apoie. Contribua financeiramente para organizações que se opõem ao aborto e aos centros de gravidez que educam e aconselham as mulheres sobre a criatura que cresce dentro delas. Não apoie financeiramente as causas e as pessoas que apoiam o Holocausto de abortos.
4. Defenda. Deixe que sua voz seja ouvida, escrevendo para jornais, revistas e clérigos que apoiam o aborto, como também para os seus representantes eleitos. Ligue para o seu representante e senador ou membro do Parlamento e pergunte qual é sua posição sobre o aborto. Respeitosamente, mas com firmeza, explique por que você se opõe.
5. Colabore. Doe seu tempo, seus talentos e seus recursos financeiros para ajudar as mães solteiras carentes, os programas de adoção ou os ministérios que ajudam as mulheres que sofrem pelo sentimento de culpa após um aborto. Considere a possibilidade de adotar crianças não desejadas, se ofereça para trabalhar como voluntário em centros de gravidez de risco, ou para participar na tarefa de aconselhamento à frente de clínicas de aborto. Ministre com compaixão e misericórdia para com aqueles que precisam disso.
6. Vote. Vá às urnas cada vez que houver a oportunidade de votar por candidatos que se opõem ao aborto. Embora existam outras questões que afetam a votação, nenhuma pode ser mais importante do que isto.
[1] Jesse Helms (1921-2008) ? Senador americano republicano da Carolina do Norte e líder conservador durante cinco períodos. Ele foi presidente do Comitê de Relações Exteriores do Senado de 1995 a 2001. A citação é de um discurso no Senado dos Estados Unidos em 11 de janeiro de 1977.
[2] A lei Roe vs. Wade deriva seu nome do caso Roe vs Wade, que por sua vez é o nome do caso judicial pelo qual a Suprema Corte dos Estados Unidos reconheceu o direito ao aborto ou à interrupção voluntária da gravidez, nos Estados Unidos. — N.R.
[3] Charles Everett Koop (n. 1916) ? Cirurgião pediatra americano e administrador de saúde pública. Foi o décimo terceiro Cirurgião Geral dos Estados Unidos sob o presidente Ronald Reagan desde 1982-1989.
[4] Randy Alcorn – Autor evangélico americano e diretor dos Ministérios Eternal Perspective (Perspectiva Eterna).
Extraído de:
http://oestandartedecristo.com/ebook/708/o-aborto-e-realmente-tao-mauz-por-james-w-e-joel-r-beeke